segunda-feira, 24 de maio de 2010
Para. Enquanto o motorista [deve ser nordestino] conta uma piada, sobe uma menina-mulher com um bebê entre os braços e passa, sem passe de estudante. Fica uma pequena de uns seis anos [que não conhece o pai mas sonhou com ele noite passada] na catraca. A mãe explica que criança passa por baixo. Ao mesmo tempo um casal briga lá fora [e vão se beijar em meia hora por que isso é romântico]. Um menino que vende balas pra ajudar a mãe a comprar uma bíblia de presente de aniversário pro pai [alcoólatra] atravessa a faixa de pedestre, onde morreu uma senhora semana passada. Um velho vira a esquina correndo [com um caderno de caligrafia, um lápis e uma borracha dentro de uma sacola de super-mercado]. O moleque oferece bala. Que não responde [o velho, uma vez que o menino perguntou, a senhora havia morrido, o motorista contava a piada e as meninas procuravam um lugar para se segurar no ônibus. O casal ainda discutia] e continua a correr apressado. O sinal abriu. Não pude ver aonde ele ia. Voltei a ler, para não perder tempo. Tempo não pode passar. Não deve parar para não se ver.
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Comentário técnico:
ResponderExcluir[voz de crítico de revista]
A poesia de Eveline tem o alto poder de exteriorizar-se de seu 'Eu' e revelar-se no outro ao mesmo tempo em que mescla essa exterioridade em suas reflexões fazendo com que esse 'Eu' se revele atraves do externo.
[/voz de crítico de revista]
Comentário de amiga:
[voz fininha, chata e irritante(a minha)]
Vevé... Cada dia melhor! Quando crescer quero ser igual a você!
[/voz fininha, chata e irritante(a minha)]
Minha cara, captas bem e com muita sensibilidade teu entorno. Melhor. Nos passa com beleza tuas impressões. Um abraço.
ResponderExcluirPutz...Que o tempo não pára como dizia Eterno Cazuza e por não parar coisas acontecem o tempo todo e por não parar a Sua vida continua sem se sembilizar com o que acontece em volta,pois o tempo é curto demais pro tanto que há de ser feito,pois é curto demais para parar pelos outros...tempo infeliz,relógio cruel.
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