ao "despacio" passante
sou só saliva
e todo coração
feita de gente
que descompassa
divaga
e devolve demasiado o desejo
de encontrar
chaves certas
pr'esta minha
cabeça quebrada
que só sabe seguir
à esquerda
ainda que os físicos
jamais resolvam
a equação da felicidade
ou os filósofos
possam explicar
por que santos flores
e pensamentos
podem estar em dois
lugares
na hora do almoço
ao invés de mim
revés
porto escondido
de mares e navios
sem luz de lua ou
de feixe qualquer
pobre astigmata
inundado em sonhos
lúcidos deuses
dos sentidos
de silenciosos
sussuros selados
por este hiperbólico
coração-gruta
aos gritos
em melodia deste olhar
sem compasso
contra
o
tempo
rabisco involuntário
a tinta inelével que
marcou a folha e só
"assim a vida"
passa
=D~~
ResponderExcluirPassa em tempo, mas em nos que fica.
;)
=P
ResponderExcluirSim... eu sei e sinto que tenho que comentar alguma coisa deste seu poema!
ResponderExcluirMas não quero gastar linhas com palavras tolas como 'interessante' ou 'legal'...
Eu queria saber colocar uma situação em versos tão bem feitos como esses. Isso me facilitaria de sair dizendo pros outros dizendo que fiz poemas que na verdade não fiz e depois correr pra fazer alguma coisa ao menos aceitável, embora não razoavelmente no nível merecido dos fatos, como você o fez.
Enfim... Tem meu respeito como poeta (o que eu sei que não é grande coisa e vc merece muito mais, mas enfim... )
=P