quinta-feira, 16 de setembro de 2010

[ nesta vida nada é cor só
mesmo o triste descolorido
do dia orna preto e branco ]

da janela ruído de falta
noite sabor d'água morna
à sombra de lua truncada
hino ao arguto decesso
brinde vazio às desgraças
esmolas de céus cristãos

cantem os filhos de Agnes
em notas diáfanas de Ravel
anteponho esta golpeada coda
eu silêncio a bailar com a dor

2 comentários:

  1. Poxa, e há tanta tristeza guardada num sorrisão tão lindo assim?? Texto maravilhoso, Eveline! Parabéns!

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