terça-feira, 31 de agosto de 2010

beija-flor

A Fernando Marinho

outro dia que não este que escrevo
não tido tempo de admitir o encanto

encontrei um beija-flor
a cantar meus pensamentos
num jeito de tê-los lido
e assim não fossem seus

acontece que não foi embora
passou a rodear por entre
estes mesmos pensamentos
fazendo-me esquecer de
viver de saudade que dói
e por isso me basta
roubou-me a inspiração
fez-me crente de meus medos

em troca roubo-lhe o sorriso
e a certeza apaixonada de dizer
que todo mundo devia ser poesia

enquanto faço-me segredo vão